Pesquisa de Harvard, publicada pela JAMA (Journal of American Medical Association), mostra principais impactos da espiritualidade na saúde e sobre a importância de levar em conta a espiritualidade na prática clínica.
Por séculos, médicos e outros terapeutas testemunharam como a doença enfoca a atenção no “significado final, propósito e transcendência e na relação com o eu, a família, outros, a comunidade, a sociedade, a natureza e o significativo ou sagrado”.
Os pacientes muitas vezes descobrem força e consolo em sua espiritualidade, tanto informalmente através de conexões mais profundas com familiares e amigos, e formalmente através de comunidades e práticas religiosas.
No entanto, os clínicos modernos ignoram regularmente as dimensões da espiritualidade quando se considera a saúde dos outros – ou mesmo a si mesmos.
Esta negligência relativa representa uma desvantagem da história substancial que liga a saúde, a religião e a espiritualidade na maioria das culturas.
No entanto, evidências acumuladas destacam a riqueza da interconexão que pode fornecer estratégias futuras para a saúde da população, bem como cuidados individualizados e centrados no paciente.
De acordo com a Enquete Gallup 2016, de 1025 adultos nos Estados Unidos, 89% acreditam em Deus ou em um espírito universal e 75% consideram a religião de importância considerável.
As ramificações potenciais dessas perspectivas são substanciais, especialmente dados os números crescentes de pessoas em uma sociedade em envelhecimento que podem estar enfrentando difíceis decisões de fim de vida.
A pesquisa apresentada conclui que o foco mais explícito na espiritualidade, muitas vezes considerado fora do domínio da medicina moderna, poderia melhorar as abordagens centradas na pessoa para o bem-estar muito procurado por pacientes e clínicos.
Como a maioria das pesquisas envolveu populações predominantemente americanas e cristãs, o trabalho futuro deve examinar essas dimensões dentro de contextos étnicos e religiosos mais amplos.
Uma maior atenção a tais questões espirituais poderia aproximar a medicina da longa definição de saúde da Organização Mundial da Saúde como “um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doença ou enfermidade”.
Leia o artigo na íntegra em:
http://jamanetwork.com/journals/jama/fullarticle/2646460?utm_medium=alert&utm_source=JAMAPublishAheadofPrint&utm_campaign=27-07-2017