
Na noite da segunda-feira, 13, durante a 5ª Live Imagineacredite, o jornalista Sérgio Botêlho Júnior entrevistou o dependente químico em recuperação avançada e Gestor Geral da Federação Brasileira de Comunidades Terapêuticas (FEBRACT), vice-presidente da Federação Latino-Americana de Comunidades Terapêuticas (FLACT) e do Conselho Estadual de Políticas Sobre Drogas do Estado de São Paulo (CONED) e membro do conselho da Federação Mundial de Comunidades Terapêuticas (WFTC), Pablo Kurlander.
Tido como um dos principais críticos as falsas CTs, Pablo Kurlander tem uma vida marcada pela dedicação e devoção ao segmento de Comunidades Terapêuticas. Para se ter uma ideia, ele conheceu o mundo das drogas aos 14 anos e quatro anos depois, no interior do Uruguai, acabou sendo preso em sua residência por tráfico de drogas.
Entretanto, aquele feito, diferentemente do esperado, serviu para retirá-lo da marginalidade.
É que a advogada contratada para defende-lo também tinha um filho que sofria com o flagelo da dependência e, por isso, resolveu ajuda-lo.
Como resultado, Pablo foi levado para a Fazenda do Senhor Jesus de Viamão (RS), uma das primeiras CTs fundadas pelo saudoso padre Haroldo J. Rahm. Lá, ainda que cheio de dúvidas e revoltas, ele conseguiu ajudar dezenas de acolhidos a continuar no tratamento, bem como conseguiu despertar para a fé cristã.
Naquele momento, ele até pensou em ser padre, mas como já vivia o seu sacerdócio nas CTs, ele seguiu edificando comunidades visivelmente sem futuro e dando uma nova vida as pessoas que queriam se livrar da dependência.
E foi nesse entremeio que surgiu o curso de psicologia, que ele cursou com todo gosto no município de Avaré, que ficava a 100 km da CT que ele residia, até que chegou a conhecer e a integrar a Federação Brasileira de Comunidades Terapêuticas e, em seguida, fazer parte da FLACT e da WFTC.
Militante fiel das CTS, atualmente, Pablo Kurlander é casado e pai de três filhos. Resultado concreto de uma recuperação em CT, hoje, ele se considera como um cientista que busca conhecer da maneira menos enviesada possível o mundo da dependência química.
Tanto é que foi essa busca que o fez se tornar mestre e depois doutor em Saúde Coletiva.
“Neste processo pude compreender melhor todas as experiências vividas nestes anos todos em Comunidade Terapêutica, e pude também separar aquilo que foi benéfico daquilo que foi nocivo, buscando um método que minimize os efeitos colaterais ou danosos dos processos institucionais, busca esta que está na origem e na essência das verdadeiras Comunidades Terapêuticas”, diz.
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